Abrir uma empresa médica é uma decisão que vai muito além da burocracia - é um passo estratégico que pode transformar a forma como o médico atua e como seus rendimentos são administrados.
Com o crescimento das oportunidades na área médica, muitos profissionais buscam mais liberdade financeira, autonomia e eficiência tributária.
Mas, junto com essas vantagens, surgem também dúvidas importantes: qual o melhor tipo de empresa para médicos?
É melhor atuar como PJ ou CLT?
E por que médicos não podem ser MEI?
A escolha da estrutura jurídica e do regime tributário impacta diretamente o lucro líquido, a segurança patrimonial e até a maneira como o médico é percebido no mercado.
Uma decisão equivocada pode gerar custos desnecessários, problemas fiscais e limitações no crescimento profissional.
Por outro lado, quando o CNPJ é criado de forma estratégica - com o apoio de uma contabilidade especializada - o médico ganha liberdade para expandir sua atuação, prestar serviços a diversas clínicas e aumentar sua rentabilidade com segurança.
Neste artigo, você vai entender tudo o que precisa saber antes de abrir sua empresa médica: as diferenças entre médico PJ e CLT, os tipos de empresa permitidos, o motivo pelo qual a medicina não pode ser enquadrada como MEI e, principalmente, como escolher a natureza jurídica ideal para atuar de forma eficiente e com economia tributária.
Por que o médico deve pensar em abrir uma empresa?
Abrir uma empresa é um passo estratégico para médicos que desejam aumentar seus rendimentos, pagar menos impostos e atuar com mais segurança jurídica.
Mas surge a dúvida: qual o melhor tipo de empresa para médicos?
Antes de definir a natureza jurídica, é importante entender as diferenças entre
ser PJ, CLT e os tipos de empresa permitidos para profissionais da saúde.
Ser médico PJ ou CLT: Qual a diferença?
Médico CLT
O médico contratado via CLT é um empregado formal de uma clínica ou hospital.
Ele recebe salário fixo, férias, 13º e outros benefícios, mas precisa seguir horários e regras da instituição.
O problema é que, nesse formato, a carga tributária é alta — os descontos de INSS e IR podem reduzir significativamente o valor líquido recebido.
Médico PJ
Já o médico PJ (Pessoa Jurídica) atua como prestador de serviços.
Com um
CNPJ próprio, ele emite notas fiscais para clínicas e hospitais e pode optar por
regimes tributários mais vantajosos e até mesmo economizar no pagamento de impostos.
Além disso, o médico PJ tem autonomia profissional e maior liberdade financeira — desde que tenha um contador especializado em médicos para cuidar da parte burocrática.
Em resumo: o médico PJ ganha mais autonomia e paga menos impostos, enquanto o CLT tem mais estabilidade e benefícios trabalhistas.
Médicos não podem ser MEI
Uma dúvida comum é: “Médico pode abrir MEI?”
A resposta é
não.
O MEI (Microempreendedor Individual) é voltado para atividades de baixa complexidade e pequenos serviços.
Profissões que exigem formação acadêmica, registro em conselho de classe como o CRM são consideradas atividades intelectuais, sendo assim, a atividade médica não se enquadra como MEI.
Portanto, o médico precisa escolher outro tipo de empresa, como SLU, LTDA ou Sociedade Simples.
Tipos de empresa para médicos - Entenda as diferenças
1. Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)
A SLU é o formato mais usado por médicos que atuam sozinhos. Ela protege o patrimônio pessoal do profissional e dispensa a necessidade de sócios.
Vantagens:
- Proteção patrimonial
- Liberdade de escolha no regime tributário (Simples Nacional ou Lucro Presumido)
- Mais autonomia e simplicidade
- Ideal para médicos que prestam serviços em diversos hospitais ou atendem de forma independente.
2. Sociedade Limitada (LTDA)
A LTDA é formada por dois ou mais médicos e é a estrutura mais comum para clínicas e consultórios.
Vantagens:
- Responsabilidade limitada ao capital social
- Permite crescimento e inclusão de novos sócios
- Estrutura flexível e segura
- Indicado para quem quer abrir uma clínica com outros profissionais.
3. Sociedade Simples Pura (SS)
Voltada para profissionais liberais, como médicos, dentistas e psicólogos. Foca na prestação de serviços intelectuais, sem fins empresariais.
Pontos de atenção:
- Todos os sócios devem ter CRM ativos
- Os bens pessoais e empresariais não são separados, ou seja, eventuais dívidas do CNPJ podem interferir nos bens pessoais dos sócios.
- Reconhecida legalmente como atividade intelectual
- Ideal para médicos que atuam em grupo, dividindo custos e estrutura, mas sem caráter empresarial.
4. Sociedade Simples Limitada (SS Ltda.)
Voltada para profissionais liberais, como médicos, dentistas e psicólogos. Foca na prestação de serviços intelectuais, sem fins empresariais.
Pontos de atenção:
- Todos os sócios devem ter CRM ativos
- Os sócios respondem apenas até o valor do capital social que investiram na empresa.
- O patrimônio pessoal fica protegido (exceto em casos de fraude ou má gestão).
- Mantém a natureza “simples”, ou seja, voltada à prestação de serviços intelectuais, mas com segurança jurídica maior.
Ideal para médicos que também atuam em grupo.
5. Sociedade Anônima (S.A.)
Usada apenas por grandes grupos médicos ou hospitais. Permite captação de investimentos, mas tem burocracia e custos altos.
Não é indicada para médicos individuais.
Como a escolha do regime tributário impacta no bolso do médico
A decisão ideal depende da forma de atuação, faturamento e objetivos profissionais.
Por isso, o acompanhamento de um
contador especializado na área médica é fundamental desde a abertura do CNPJ até a gestão financeira e tributária.
Embora existam várias opções de natureza jurídica para médicos, é fundamental contar com um contador especializado na área médica para escolher a estrutura ideal.
Esse profissional avalia seu perfil, sua forma de atuação e o volume de faturamento para indicar o melhor tipo de empresa médica e o regime tributário mais vantajoso.
Na GxMed Contabilidade para Médicos, realizamos uma análise tributária detalhada e um planejamento profissional personalizado antes da abertura da sua empresa.
Dessa forma, garantimos que você comece com a natureza jurídica correta, enquadrado no regime tributário ideal, pagando menos impostos e com total segurança jurídica.




